Em um texto do site UOL publicado nesta quarta feira, Sady Jacques e Thomas Soares
tratam da questão sobre software livre - PIRATARIA E SOFTWARE LIVRE.
Muito já se disse sobre o assunto mas o mesmo aponta uma visão muito interessante e nova. A de que a pirataria seria muito mais maléfica a quem compra do que necessariamente para quem vende.
O argumento é muito simples. A de que um usuário comum dificilmente irá desembolsar grandes valores em um software de propriedade. Mas compra o mesmo via pirataria a um preço acessível. Com tal prática gera-se uma massa de pessoas que conhece somente aquele software. Caso venham a montar um negócio ou trabalhar em uma empresa adivinhem com qual software irão preferir usar? A pirataria é na prática uma ótima forma de Marketing. Prende o usuário ao produto (isso os faz lembrar de alguma outra prática comercial semelhante?)
Nas empresas formalizadas o uso de software pirata normalmente é bem restritivo e há a exigência da aquisição do software propriedade - normalmente, apresenta-se a nota fiscal do programa no pedido de alvará de funcionamento nas prefeituras quando o seu empreendimento é voltado para o uso de software - escolas de informática são bem requisitadas no assunto.
Lógico que a prática de usar somente um conjunto x de programas tende ao monopólio de determinados programas ou empresas. O que para a livre concorrência é tão ruim quanto o socialismo de Estado.
A saída apontada no texto seria o uso e investimento no desenvolvimento do software livre. O mesmo possibilitaria que o usuário modelasse o programa para o seu interesse. É o máximo da customização.
O artigo cita ainda que no início da corrida dessa indústria, a IBM tinha muito mais interesse em comercializar melhores hardwares do que comercializar software ou programas.
Enfim... não é de fato demonizar as empresas de software mas entender que a cultura do software livre pode aprofundar a democratização da informática. Principalmente em um país tão precário como o nosso. Logicamente, o modelo de negócio para se ganhar o vil metal passa por outras instâncias que o da comercialização do programa.
Softwares livres que os usuários do Blender normalmente utilizam:
- O próprio Blender;
- O editor de imagens que substitui perfeitamente o Photoshop - que é o Gimp;
- O ótimo substituto do Corel Draw que é o Inkscape;
Com o avanço da tecnologia BIM, tem faltado neste cenário de software livre, uma alternativa de parametrização ao já batido Revit. O Sketch up tem apontado uma solução interessante - nasceu com um DNA mas captou o conceito BIM (e não somente o do Autocad Revit) e têm com isso desenvolvido soluções que atendam aos usuários do software a um preço acessível.
Um escritório de arquitetura em Belo Horizonte tem contribuído e muito com tal perspectiva - ver BIM BOM.
Mas fica a pergunta? Poderia o Blender ser adaptado para tal conceito BIM? Já vi algumas tentativas promissoras - ver: yorik
Por fim, como ganhar dinheiro com software livre se não posso vendê-lo?
As soluções estão abertas:
- As possibilidades mais recentes passam pela comercialização de alguns módulos que agilizam algumas atividades ou rotinas de um determinado trabalho, blocos de objetos e texturas de qualidade - ver: cgcookiemarkets.com
- Publicação de tutoriais via internet e anexação de publicidade - claro que demanda a constante busca por ampliação de sua audiência e visibilidade;
- Geração de produtos para veiculação nas mídias tradicionais - como animações ou vinhetas;
- Livros tutoriais ensinado métodos cada vez melhores de aplicar o programa.
- Livros tutoriais ensinado métodos cada vez melhores de aplicar o programa.