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terça-feira, 30 de julho de 2013

LEI DE AUDIOVISUAL 12.485: OPORTUNIDADE DE PAGAR O FEIJÃO FAZENDO O QUE GOSTA!

artista: Angeli  Personagem: Bob Cuspe
(por favor, não me processe por usar esta imagem! É por um bom motivo.)

Mais do que tutoriais e assuntos relacionados à computação gráfica, este blog dentro do possível busca trazer formas de orientar seu leitores a investir no seu talento e.... pagar as contas. Na verdade, torcemos que vocês fiquem muito ricos fazendo aquilo que gosta.

Eis uma oportunidade: a  lei da tv paga.
Tal lei busca incentivar a produção por meio da veiculação desta produção em Tvs pagas.
Não há entrada de recursos do governo federal - não é um investimento público. A lei somente obriga a tais canais a veicular material nacional. 

Esta lei tem levado as emissoras a literalmente caçar material de produtoras de vídeo e animações.

Muita gente faz vista grossa no assunto mas o link acima já cita que vários países se utilizam de tais recursos para divulgar o conteúdo nacional. Afinal, se lá fora funciona, a gente aqui dentro começa a achar que aqui também pode funcionar (puro complexo de vira-lata mas fazer o que?)

Enfim... divulgar a sua produção ficou um pouco mais fácil. Além da internet, já é possível sua anexação nas Tv pagas. 

Claro que o gargalo no processo é o financiamento para se criar e manter uma produtora - já que o foco da lei é beneficiar as produtoras independentes a produzirem material diversificado - ações perfeitamente normais em países como os EUA.

Ligando o final deste artigo com a figura acima: talvez o Punk nacional mais conhecido.. um dos lemas do movimento Punk era: Vai lá e faça! Encontrará dificuldades mas busque fazer. Pode soar um ícone do empreendedorismo mas essa é a hora em que os Yuppies e os Punks quem sabe possam trabalhar juntos... bom... deixa pra lá.

Enfim... se não tiver grana para pagar uma fortuna em softwares para elaboração de materiais em 3D: vinhetas, animações, efeitos especiais, inserção de pessoas em cenários virtuais e até câmera tracking.... lembrem-se do nosso bom e velho Blender.

Renderizações do material podem ser direcionadas para empresas especializadas no assunto. Ou feitas, com uma paciência considerável, em nossas máquinas.

Apesar de independentes, isso não significa que o profissionalismo deva ser deixado de lado. Bom roteiro, storyboards, controle do tempo e mais do que nunca dos custos. Isso tudo é conhecido como Planejamento. 

Neste primeiro momento é quase uma aventura de pequenos grupos, na produção da ideia. Já que nosso sistema bancário não fornece financiamento a juros baixos. Portanto, recorrer aos bancos para realizar investimentos em equipamentos e pessoal até a grana entrar, não é uma aventura para todos. Mas para aqueles que gostam de agarrar o touro a unha. Vai lá e faça!

Para quem ainda duvida das potencialidades do Blender (tem gente que ainda duvida) dê uma olhada no comercial da Coca-Cola que o pessoal de Israel fez para a TV. 


Empresa de animação: Pitchi Poy


domingo, 28 de julho de 2013

FATORES QUE INFLUENCIAM OS PREÇOS DE MAQUETES E MODELOS 3D

O blog http://www.cgtrader.com/blog/ publicou um artigo que pode auxiliar tanto artistas em Computação Gráfica a colocar preço em seus trabalhos quanto, e mais especificamente, aquele profissional que optou em fornecer modelos tridimensionais ao mercado de computação gráfica.

Fornecer modelos tridimensionais para realização de maquetes e animações para filmes ou peças publicitárias pode ser uma forma prática de transformar seu hobby em uma profissão rentável. Ou a tendência é ver o seu talento migrar para outra atividade.

No Brasil, como não temos um indústria cinematográfica ainda forte e estável, normalmente não damos muita atenção a estes serviços. Entretanto, o mercado publicitário e de construção civil têm absorvido a mão de obra voltada à computação gráfica. 
Assim, a partir do momento em que se faz necessário reduzir o tempo de modelagem em função de um trabalho de última hora, recorrer a tais modelos é uma ótima solução para seu problema.  

Isso não desqualifica os depósitos dos modelos grátis que encontramos pela internet. Entretanto, quando há a necessidade da certeza de obter um modelo bem resolvido, recorrer a sites que os comercializam pode ser uma ótima ajuda.

Mas o que contribui para variação dos preços? Aquele que quer entrar neste mercado, como colocar preço no produto?

A variável tempo é um dos fatores mais relevantes neste momento. 

Quanto tempo levou para realizar tal modelo? Essa é a pergunta chave!

Normalmente o tempo está também ligado à qualidade do modelo entregue. Mesmo que um profissional faça aquilo em menos tempo e com qualidade superior, ainda assim houve muitas horas de estudo e pesquisa que na entrega do produto em menor tempo e maior qualidade será recompensado. Neste caso conta-se o fator experiência - o que não deixa de ser um produto da variável tempo.

(Pergunta para comparação: caso você descubra que você tem um tumor maligno no cérebro e que tenha que retirá-lo. Você procura dois neurocirurgiões. O primeiro é bom mas ainda inexperiente. Vai remover o tumor em duas horas. Irá salvar sua vida e manter grande parte de suas funções intactas. Por isso o preço dele é x. O segundo opera em menos tempo pois tem mais experiência. Em 30 minutos ele faz o serviço sem a necessidade de observação posterior: ou seja, no mesmo dia você já vai para casa se recuperar. Ele garante que nenhuma das funções neurológicas serão impactadas. Entretanto, em função da eficiência dada pela experiência (tempo investido em aprendizado), ele cobra 3x pela cirurgia. Então: qual escolher? Os dois solucionam o problema. Um com uma qualidade maior e em menor tempo. O outro, não que seja ruim mas a sua experiência ainda não o levou a resolver o problema em menor tempo. O mercado de computação tem dessas coisas. Aliás, o mercado de maneira geral.)

Saindo do passeio pela neurologia e voltando ao artigo - ufa!

O blog trata dos seguintes itens a serem considerados na hora de comercializar seus modelos tridimensionais:

1- Complexidade do Modelo 3D:
Quanto mais complexo o modelo, pressupõem-se que mais tempo foi investido em desenvolvê-lo. Por exemplo: modelar uma cadeira simples, sem ornamento ou muito detalhe levam x horas. Modelar um carro, por mais simples que o mesmo seja, levará muito mais horas.



cadeira com geometria relativamente simples =  menos polígonos

veículo - com geometria relativamente complexa = mais polígonos


2- Número de Polígonos:
Um dos itens que separa o amador do profissional, em termos de modelagem. O profissional sabe fazer um objeto complexo com o um número de polígonos muito menor. Para que seu computador não trave ou trabalhe em menor tempo este fator é de extrema relevância. Portanto, não basta ter o modelo tridimensional acessível. Ele tem que ter um conjunto de polígonos controlados para o seu bom funcionamento e manipulação. Este fator também levará a um tempo menor de renderização.

Modelos complexos inevitavelmente levam a uma quantidade maior de polígonos. O que separa o joio do trigo é o controle da quantidade de polígonos em função da complexidade do objeto modelado. Para se chegar a tal equilíbrio o fator experiência é essencial.

Obs.: Não confundam neste caso experiência com idade. Um jovem de 19 anos ou até menos pode resolver um modelo com qualidade. O faz porque provavelmente ele passou mais horas quebrando a cabeça do que eventualmente um sexagenário  A experiência neste caso não está relacionado com a idade mas com horas de dedicação neste universo da computação gráfica. Compare com um piloto de avião. Eles são selecionados por horas de vôo. Quanto mais horas pressupõe que ele passou por um conjunto de dificuldades que o fez mestre no que é. Portanto, não é questão de idade mas horas de dedicação.

3- Tempo:
Como já visto, este em tese deve ser o referencial para tratar do trabalho a ser feito.
Dividir o que você tem que fazer em etapas e estimar os prazos é um método cartesiano simples e que ajuda a dar preço a cada uma das etapas. Quanto mais experiência maior o acerto na estimativa de tempo. 
Outro método que ajuda é anotar o início e fim de cada etapa ou seção em que você está trabalhando. Com o tempo você terá uma tabela com estes prazos. Lembrando que quanto mais se pratica, mais rápido fica. 
Somando-se as etapas chega-se ao valor final. 
Soma-se a isso sua experiência, impostos, gastos fixos e variáveis e chega-se a um valor passível de comercialização. 
Compara-se com o mercado - com aqueles que estão melhor posicionados - e chega-se a um valor de venda. 
Normalmente tem que rever seus gastos ou custos e adaptá-los à tal referencial.

4- Nível de Realismo:
Claro que depende do trabalho que terá que fazer mas este fator, apesar da agilidade que vários programas hoje garantem,  quanto mais próximo do real, mais tempo leva-se para fazer um serviço. Configurações prévias de trabalhos padronizado podem auxiliar a reduzir tal tempo. Mas de modo geral, tal nível de realismo é obtido com um trabalho que consome tempo. Ter modelos tridimensionais bem resolvidos nesta etapa, auxilia na redução destes prazos. De modo geral a renderização é mais rápida.



O trabalho acima é do artista em CG, do México, chamado Jesus Selvera. Segundo o site que publicou a imagem, o artista levou 3 meses para chegar a tal resultado. Cada render, no período final do trabalho, já levava de 4 a 5 horas de renderização.

5- Material, Textura e Configurações Rigging:
Configuração de Materiais, qualidade visual das texturas e configurações dos Riggings - que são os movimentos que o modelo pode realizar, também são fatores que tendem a gerar modelos mais caros. Material e Textura são itens primordiais para se obter uma imagem realista. Sua qualidade irá levar a trabalhos finais com melhor acabamento. 
Já os Riggings que deformam as malhas do modelo em locais precisos garantem uma animação com muito menos trabalho, caso tenha a necessidade de animar o objeto. Todos estes fatores demandam tempo para que fique muito bem solucionado no modelo. 
O mercado oferece não só modelos com textura como também as texturas para a realização de determinados trabalhos.


rig para animação personagem


6- Diversidade em formatos de arquivos:
Sim caros colegas - se um artista antes da computação gráfica usava vários recursos e materiais para se chegar a um produto ou trabalho, o artista em computação gráfica é multisoftware. 
Ele irá utilizar vários programas para se chegar a um resultado desejado
Portanto a exportação do modelo de um programa para o outro faz com que ele tenha que testá-lo constantemente e corrigir caso ocorra erros ao realizar tais exportações.

Na arquitetura é muito comum o modelo feito em Revit ou Autocad ser trabalhado no 3D max. Assim, faz-se necessário organizar muito bem o modelo e testá-lo para verificar se não haverá perda de malha. 

Caso isso ocorra, o modelo tem que ser refeito no software original ou corrigido no software que o receberá - portanto, retrabalho e tempo perdido.

Em computação gráfica para cinema e publicidade, normalmente modela-se o objeto em Zbrush e o exporta para 3D max a fim de inserir textura e iluminação. O exporta novamente para realizar animação e a pós produção. 

Modelos bem resolvidos reduzem perdas nestas etapas.


7- Descrição do Produto:
Você fez o modelo e o quer vender? Então terá que dominar a descrição do que fez. Quantos polígonos, tempo de renderização médio com a textura e materiais aplicados, etc. Vale a pena mostrar aos possíveis compradores que você tem domínio no assunto e está a vender um produto de qualidade, ora pois!